Temos a desagradavel mania de fazer com que algumas coisas mudem por nossa causa.Ou pior, que algumas pessoas mudem por nossa causa.

E sequer nos damos conta da tragédia que provocamos.

Sempre que forçamos (direta ou indiretamente) alguém a mudar, forçamos essa pessoa a se anular.

Se anular pela nossa vontade e não dela.

Óbvio que nem sempre as coisas são tão facilmente perceptíveis. E tenho péssimas notícias:

TODO MUNDO já se anulou (ou mudou alguma coisa) por alguém, quem não o fez ou nunca viveu ou nunca gostou (amou) de fato alguém. Simples assim.

Assim como TODO MUNDO já fez alguém se anular. Seja tentando “moldar” a pessoa (conscientemente ou inconscientemente) para que a mesma se ajuste os nossos planos – e não o contrário como deveria ser. Ou simplesmente forçando (consciente ou insconsciente, reforço) para que ela abandone velhos hábitos, amizades…enfim, tudo aquilo que não gostamos e decidimos que ela também não gosta; e sem consulta.

Aprendi somente depois de muito ser moldado e de moldar bastante também, que as melhores relações acontecem justamente quando abrimos mão disso.

Quando um detalhe chamado RESPEITO AO PRÓXIMO é uma das bases do relacionamento. E não me refiro somente à namoro/casamento mas também em relação a amizade.

O mais importante, segundo minha parca experiência é termos e darmos espaço para que a outra pessoa possa ser ela mesma sem culpa, sem pressão e com a única responsabilidade de ser feliz. Como e do modo que ela decidir.

Descobri depois de um tempo que encontramos a felicidade no próximo; na outra pessoa.Ou seja, dando espaço para que ela seja ou faça o que quiser, certamente seremos mais felizes com ela. Pelo menos a probabilidade é maior.

Pois a partir do momento que a pessoa se sinta respeitada, ela respeitará mais também e esse ciclo de respeito, gera felicidade por si só. Mas caso isso não seja suficiente, viver com uma pessoa que lhe dá espaço e não julga suas atitudes nem desaprova seus gostos já é algo muito bom e que certamente deixaria qualquer um extasiado. Imagine essa sensação indo e vindo, como em um círculo, onde você tem seu espaço respeitado, respeita o espaço alheio e justamente por isso tem seu espaço respeitado….parece bobeira, mas só vivenciando a situação para saber o impacto em nossas vidas.

E excluindo o lado sentimental, porquê é tão dificil transferirmos isso para o lado social?

Ou seja, porque nos agrada pensar em fazer isso com nossas namorada(o)s, esposas, maridos, filhos e não com as pessoas que convivemos no trabalho, escola, faculdade. Enfim com a sociedade em que estamos inseridos?

Se usássemos isso na sociedade, teríamos bem menos problemas. O mundo seria um lugar mais seguro, mais fraterno, pois onde as pessoas se sentem respeitadas, a tendência é que elas respeitem mais também.

Mas tudo isso é fruto de um imenso e desgastante exercício interno, para aceitar tal mudança antes de mais nada em nós…depois em um âmbito um pouco maior, nas pessoas que nos cercam, em casa.

E após um bom tempo de treinos e exercícios interiores e exteriores em menor escala, devemos ir aos poucos aumentando o alcance desse exercício. No trabalho. No ônibus. No trânsito.Na faculdade.Enfim…..

Não acho que seja fácil…mas sem dúvida vale a pena.

Se aliarmos isso…o respeito mútuo com a habilidade de nos colocarmos no lugar do outro, acredito que nós mesmos e a sociedade onde estamos inseridos nunca mais seremos os mesmos.

O respeito, é importante salientar, é duplo, pois devemos antes de mais nada respeitar a nós mesmos, nosso corpo, nossas vontade.

 A menos que nossa vontade entre em choque com o respeito alheio, pois ele(o respeito alheio) é – ou deveria ser – algo de suma importância e de profunda preocupação de nossa parte. Pois somente garantindo o respeito alheio, asseguramos também o nosso.

E tendo o respeito próprio se torna muito simples entendermos a necessidade de respeitarmos os demais e suas necessidades, desejos e vontades.

Acredito que a felicidade que todos procuramos, e muitas vezes em lugares errados, como nas drogas e etc, têm em sua base essas duas coisas:

Respeito (próprio e com o próximo) e Humildade verdadeira, absoluta e sincera, que nada mais é que saber colocar-se no lugar do outro.

E tenho dito.

Forte Abraço!